Tudo sobre envelopamento de carros

Aplicação da fina camada adesiva pode ajudar na proteção da lataria do automóvel e custa até 70% a menos que uma nova pintura

O envelopamento de carros é uma opção para quem quer proteger a pintura de seu automóvel de pequenos arranhões, trocar sua cor sem gastar muito ou fazer propaganda de uma marca. A prática, segundo o Departamento Estadual de Trânsito (Detran) do Rio Grande do Sul, foi criada nos Estados Unidos, na década de 90, e tem sido adotada no Brasil desde então.

envelopamento, também chamado de plotagem, consiste na aplicação de uma fina camada adesiva em cores lisas, metálicas, perolizadas ou foscas. Dentre suas vantagens estão, ainda de acordo com o Detran:

“O preço, que possibilita economia de até 70% em relação a uma nova pintura, a facilidade de voltar à pintura original, apenas retirando a película, e a opção de envelopamento de apenas algumas partes do veículo.”

Outros pontos positivos ainda podem ser enumerados, como a proteção contra a incidência de raios ultravioletas, poeira e maresia.

No envelopamento automotivo, o tempo também é uma questão a ser considerada. É que, para envolver o carro, gasta-se em média três dias. Tempo mais curto que a pintura, que pode levar até duas semanas.

Entre as desvantagens da plotagem está a durabilidade, que está completamente ligada à qualidade da película escolhida, e a possibilidade da pintura do automóvel ficar em tons diferentes, isso se apenas uma parte do veículo for plotada. Nesse último caso, a pintura abaixo da película ficará protegida e a parte exposta vai sofrer com os danos naturais.
Material mais utilizado no envelopamento

O material mais utilizado para o envelopamento, de acordo com o professor do curso de engenharia de materiais da Fundação Santo André, Marco Colosio, é o vinil. “Existem vários estudos que indicam que esse material atende os critérios de não manchamento, textura, durabilidade, entre outros. No entanto, algumas empresas oferecem PVC, para baratear os custos com a película, ou fibra. O ideal é escolher o mais tradicional”.

Manutenção do envelopamento automotivo

Os carros envelopados também precisam ser limpos. A manutenção deve ser feita mesmo com sabão neutro, garante o especialista. Produtos ácidos e materiais agressivos podem comprometer a película.

Marco Colosio explica que a durabilidade das películas é de aproximadamente três anos. “Depois de três a cinco anos de aplicação, a película começa a perder a cor, se degradar e soltar cola. Ainda assim, não afeta a pintura original do carro”.

O material escolhido para aplicação também reflete na retirada do envelopamento automotivo. Isso porque, se a película for de má qualidade, pode afetar a pintura original do carro.

Ao retirar o envelopamento, há riscos de que partes já danificadas da lataria do veículo fiquem maiores. Ao puxar a película, pedaços já em má condições podem se soltar.

O professor do curso de engenharia garante que, se realizado de maneira correta, o envelopamento não compromete a pintura original do carro.

“É claro que o consumidor precisa escolher um produto de qualidade, fabricado por uma empresa certificada. Isso porque existem películas de diversas origens no mercado”, afirma Colosio

Quando custa o envelopamento automotivo?

O preço médio do serviço é de R$ 3.000 ou mais…

O que diz a legislação

O Conselho Nacional de Trânsito (Contran) descreve, na Resolução 292, as condições para que o envelopamento de carros seja considerado legal.

Art. 3º As modificações em veículos devem ser precedidas de autorização da autoridade responsável pelo registro e licenciamento.

Parágrafo único: A não observância do disposto no caput deste artigo incorrerá nas penalidades e medidas administrativas previstas no art. 230, inciso VII, do Código de Trânsito Brasileiro.

Art. 14 Serão consideradas alterações de cor aquelas realizadas através de pintura ou adesivamento em área superior a 50% do veículo, excluídas as áreas envidraçadas.

Parágrafo único: será atribuída a cor fantasia quando for impossível distinguir uma cor predominante no veículo.

O texto sugere que apenas carros que tenham mais da metade da sua área envelopada devam procurar o Detran para solicitar a atualização da cor no Certificado de Registro de Veículo (CRV).

Se a tonalidade escolhida durante o envelopamento do carro for a mesma que a original do veículo (independente da textura fosca ou brilhante), não há necessidade de procurar o órgão regulador.

Alterar a cor do automóvel por envelopamento de carros sem informar o Detran, por sua vez, é considerado infração grave, podendo custar R$ 195,23 e cinco pontos na Carteira Nacional de Habilitação.

O valor da solicitação de alteração na cor do automóvel varia de acordo com o Estado.

Fonte: autopapo.uol.com.br